Recolhemos as bagagens. Por uma questão de princípio, nunca apanho táxis do aeroporto. E tinha de ir buscar o carro à Buraca. Tirei o relógio do pulso e entreguei a carteira à Isabel. Fiquei com 10 euros no bolso, a carta de condução e as chaves do carro. E meti-me no combóio para sair na estação da Santa Cruz-Damaia. A Isabel troçou "parece que vais para Cabul". Nem tanto mas a verdade, nua e crua é esta: é dos poucos sítios que tenho medo de frequentar.
Ontem, houve um assalto nessa estação. Foi ao princípio da tarde. O que li deu para ver que foi coisa feia.
Há uma questão que nunca percebi. Porque é que se juntaram duas estações, Damaia e Santa Cruz, numa só, que está no meio de sítio nenhum? Quem decide estas coisas andará em transportes públicos? Os corredores de acesso metem medo. Uma das saídas dá para uma via rápida, a outra para as traseiras de prédios. Depois do pôr-do-sol aquilo é sítio para heróis. Ou para malfeitores.
A estação numa das minhas perspectivas preferidas: vista de longe.
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