Uma das coisas que sempre me deixa com o coração a transbordar de ternura é aquela mania de algumas das elites da Pátria de criticarem acidamente o que AQUI se faz e de elogiarem os exemplo que vêm LÁ DE FORA. O editorial do Expresso de ontem é mais um capítulo de uma obra extensíssima.
Ricardo Costa cita, como grande argumento, os programas eleitorais extensos e palavrosos e que ninguém se preocupa em cumprir. É verdade que os programas são, por vezes, extensos e palavrosos. Que ninguém se preocupe em cumprir é outra história. Admito também que, às vezes, nos sobra voluntarismo e que, quando começamos a topar com uma legislação extensa, absurda e estúpida, começamos a abrandar algumas das nossas metas.
Os programas eleitorais pelos quais dei a cara são sagrados e para cumprir. Nisso tenho empregue, sem arrependimento, boa parte dos últimos seis anos. No essencial, posso responder pelos compromissos assumidos e pelos programas de trabalho em curso.
Mas isso é um detalhe muito pouco importante. Coisa crucial é Ricardo Costa ter dito, a propósito do memorando de entendimento imposto pela troika a Portugal que "o texto não tem qualquer tipo de profundidade literária nem pretende ser exaustivo. Mas faz escolhas, aponta o caminho, define as metas e as datas para o percurso. E faz isso de forma rara em Portugal, porque tudo o que se atinge ou falha pode ser medido. Ponto a ponto, caso a caso. Trimestre após trimestre, o programa pode ser avaliado". E por aí fora...
Há um pequeníssimo detalhe que escapa ao editorialista. As datas, as metas e os objetivos foram impostos. Quando se tem a faca e o queijo na mão é facílimo impor o que quer que seja. E quem pode pode. Já dizer que o exemplo vem do documento da troika parece-me insuficiente e falho de imaginação. Para ser suave.
Ricardo Costa cita, como grande argumento, os programas eleitorais extensos e palavrosos e que ninguém se preocupa em cumprir. É verdade que os programas são, por vezes, extensos e palavrosos. Que ninguém se preocupe em cumprir é outra história. Admito também que, às vezes, nos sobra voluntarismo e que, quando começamos a topar com uma legislação extensa, absurda e estúpida, começamos a abrandar algumas das nossas metas.
Os programas eleitorais pelos quais dei a cara são sagrados e para cumprir. Nisso tenho empregue, sem arrependimento, boa parte dos últimos seis anos. No essencial, posso responder pelos compromissos assumidos e pelos programas de trabalho em curso.
Mas isso é um detalhe muito pouco importante. Coisa crucial é Ricardo Costa ter dito, a propósito do memorando de entendimento imposto pela troika a Portugal que "o texto não tem qualquer tipo de profundidade literária nem pretende ser exaustivo. Mas faz escolhas, aponta o caminho, define as metas e as datas para o percurso. E faz isso de forma rara em Portugal, porque tudo o que se atinge ou falha pode ser medido. Ponto a ponto, caso a caso. Trimestre após trimestre, o programa pode ser avaliado". E por aí fora...
Há um pequeníssimo detalhe que escapa ao editorialista. As datas, as metas e os objetivos foram impostos. Quando se tem a faca e o queijo na mão é facílimo impor o que quer que seja. E quem pode pode. Já dizer que o exemplo vem do documento da troika parece-me insuficiente e falho de imaginação. Para ser suave.
Jornalista culto e informado comunicando às massas ignaras como se faz "lá fora".
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