quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

UMA LIDE MORTAL, À LUZ DA LUA

Uma das músicas que me fez companhia, no caminho desta tarde, foi o fado A Última tourada real em Salvaterra, cantado por Rodrigo. A morte do Conde dos Arcos, ocorrida em 1779, é um facto conhecido. Menos conhecida, decerto, é a narrativa da colhida do califa Yusuf al-Mustansir, que lidava vacas à noite, em Marrakech. A narrativa é imprecisa e refere apenas o facto em si (cito de memória, e salvo erro, a partir de um texto de Ibn Idhari). Al-Mustansir não era propriamente um maletilla à procura de um lugar ao sol. O seu reinado foi curto. Morreu, no decurso dessa lide, no dia 12 de Dhu'l-Hijja de 620 (6 de janeiro de 1224, no nosso calendário).




Esquecida essa raíz mediterrânica, as corridas organizadas segundo o modelo hoje vigente voltaram ao norte de África pela mão dos colonizadores. Quando estes partiram, as corridas terminaram. De cima para baixo, as praças de touros de Oran, Casablanca e Tânger.

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