Continuam as ondas de choque sobre o lamentável programa da passada segunda-feira. O Alentejo não saiu lá muito bem na chapa, como é costume dizer-se. Aqui vão algumas notas diversas sobre o que me vai na alma, podendo ter razão ou não:
* O fundo da questão não reside num jogo Évora vs. Beja, os que se aproveitam de um lado, os que são prejudicados do outro;
* As intervenções primaram pela falta de clareza e pela falta de concisão, uma velha pecha lusitana, nós que tanto amamos o floreado e o barroco;
* Não percebo o que tanto divertiu o senhor ministro, que riu o tempo todo;
* Não percebo o que lá foi fazer o representante de um movimento qualquer, Melhor Alentejo ou algo assim, que se limitou a alinhavar um chorrilho de banalidades;
* Não percebo o que lá foi fazer outro senhor que acabou a tentar cantar qualquer coisa;
* O Presidente da EDIA devia ter tido tempo para explicar coisas importantes;
* Alguém devia explicar ao Dr. José Roquette que o sul da Europa é diferente do norte da Europa;
* Não percebo porque é que deram a palavra a um promotor de gin que foi dizer que Reguengos é diferente (claro, se fosse igual é que seria espantoso) e não permitiram que o Presidente da CCDRA, um homem decente e de grande qualidade, dissesse uma só palavra;
* Há geógrafos que, em poucas palavras, poderiam ter explicado o porquê das coisas;
* Há quem pudesse ter explicado que o triste episódio da automotora não é um detalhe mas o reflexo da realidade que vivemos;
* A penosa e subserviente intervenção do Presidente da Câmara de Beja é o espelho de uma certa política local...
Quem falou melhor? Um senhor chamado Carpinteiro Albino. Falou muito bem. Em poucas palavras, disse o essencial e pôs a nu as terríveis debilidades e limitações da nossa administração. E a estupidez de tanta e tanta legislação. Sei do que falo! E ele mais ainda que eu!
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