Romãs num iznik do Museu de Arte Islâmica, em Berlim. Parecem caudas de pavão.
É um dos meus frutos preferidos. A mais fantástica e inolvidável romã que comi na Síriafoi . Foi-me oferecida por um rapazito curdo, à entrada do sítio arqueológico de Aïn Dara, que fica 330 kms. a norte de Damasco.
As romãs estão numa das modas mais bonitas aqui da minha região. Onde se canta "aquela mulher que eu amo / dei-lhe um aperto de mão", num toque de erotismo entre o original e o absurdo.
Em árabe é رمان. Ou seja, ruman.
Soneto a la granada
É um dos meus frutos preferidos. A mais fantástica e inolvidável romã que comi na Síriafoi . Foi-me oferecida por um rapazito curdo, à entrada do sítio arqueológico de Aïn Dara, que fica 330 kms. a norte de Damasco.
As romãs estão numa das modas mais bonitas aqui da minha região. Onde se canta "aquela mulher que eu amo / dei-lhe um aperto de mão", num toque de erotismo entre o original e o absurdo.
Em árabe é رمان. Ou seja, ruman.
Soneto a la granada
Es mi amor como el oscuro
panal de sombra encarnada que la hermética granada labra en su cóncavo muro.
Silenciosamente apuro
mi sed, mi sed no saciada, y la guardo congelada para un alivio futuro.
Acaso una boca ajena
a mi secreto dolor encuentre mi sangre, plena,
y mi carne dura y fría,
y en mi acre y dulce sabor sacie su sed con la mía. |
Xavier Villaurrutia (1903-1950)
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