MAR DA MANHÃ
Que eu me detenha aqui. E que também eu veja um pouco a natureza.
De um mar da manhã e de um céu sem nuvens
roxas cores brilhantes e margem amarela; tudo
belo e grande iluminado.
Que eu me detenha aqui. E que me engane para ver isto
(vi de verdade isto por um instante quando primeiro me detive);
e não aqui também os meus devaneios,
as minhas recordações, os modelos da volúpia.
Fotografia de Rudolf Franz Lehnert (1878-1948) e Ernst Heinrich Landrock (1878-1966). Tunis, em 1924. Poema de Konstandinos Kavafis (1863-1933), de 1915. Tradução de Joaquim Manuel Magalhães e de Nikos Pratsinis.
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