Um livro interessante e meio esquecido. De uma autora interessante e também um pouco caída no olvido. Olga Gonçalves (1929-2004) nunca esteve na moda.
A floresta em Bremerhaven é passado em pleno Verão Quente, numa casa de férias na costa alentejana. O tópico essencial é a emigração. Ou, melhor dizendo, as memórias do trabalho na Alemanha, que o casal de anfitriões vai relatando.
Ri com gosto com esta passagem, que descreve uma manifestação, na qual o homem da casa tinha participado:
À minha frente andava uma mulher que gritar como uma bezerra: "Abaixo a reação! Abaixo a reação!", e depois virou em dizer "Mocracia! Mocracia!" Eu gritava também com ela, que se ouvia bem a minha voz! Ah, se ouvia! Quando olho para o lado e dou com um velho: "Agora é que ela me enrascou, que não entendo o que ela diz." Eu expliquei-lhe: "Homem! Agora é Mocracia!" E ele vai, pega em gritar: "Malancia! Malancia!" Era mouco!
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