Uma pilha de envelopes com desenhos à frente, um mar de rolos de desenhos à esquerda sobre o parapeito, à esquerda da secretária. Mais o computador, dois livros de apontamentos, duas pilhas de fichas, livros e papéis em desalinho. Pela janela, vejo os prédios do outro lado da avenida, mas não a rua em si. Não ouço o rumor da rua, os vidros não deixam passar o som. Mas entra a luz.
O livro está perto do fim, depois da Mouraria, da Sé de Lisboa e dos Mártires. Um ano proveitoso, do ponto de vista profissional e familiar. Um ano perdido, do ponto de vista social. Um ano estranho.
Eram 15:55 quando fiz a fotografia do gabinete. Vou ter saudades deste gabinete. Para já, e até quarta, começa a reclusão.
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