Ao recordar, há dias, a velha Torre do Tombo (com uma sala de leitura com 20 lugares e bicha à porta...) contei a um colega este episódio, impensável nos dias de hoje. Não recordo exatamente o ano (1984? 1985?), mas o episódio sim.
Um belo dia, resolvi insistir que havia um dado em falta na publicação de João de Almeida, a tal de 1943. Não sei porquê, mas convenci-me que havia qualquer coisa, também já recordo qual, omissa... Tanto insisti que, às tantas, me trazem da casa forte o manuscrito. Esse!, o original de Duarte Darmas. Que me foi posto à frente, para eu consultar. O arquivista, porventura sensibilizado com o descaramento do jovem estudante (não teria mais que 22 anos), recomendou-me suavemente "tenha cuidado e não demore muito". Não demorei, tive cuidado e pedi depois desculpa pelo lapso, pensando "para a próxima, confirma as coisas devidamente, para não dizeres asneiras".
Nunca contei esta historieta ao Bernardo de Vasconcelos e Sousa ou ao Silvestre Lacerda. Estou a vê-los a lançarem as mãos à cabeça...
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