Não pude deixar de notar, nas redes sociais, as inúmeras mensagens de pesar pela partida de António Patinhas. Um mourense discreto e cordial que, durante muitos anos, conheci apenas de longe. O Toi seguiu, como tantos e tantos, os caminhos da emigração. Quem vive fora, sabe o que custa estar sempre fora. Quando esse fora se multiplica por milhares de quilómetros, deve ser muito pior.
Finalmente regressado, dedicou-se à vida empresarial. Depois a uma merecida reforma. Foi nos anos em que estive em Moura que conheci melhor o Toi. Inúmeras vezes nos cruzámos. Um homem tranquilo e sempre positivo. Que fazia da boa disposição um modo de vida. O seu "senta-te lá aqui, não abales já" era-me familiar. Ali se ficava, quase sempre à do Jorge, em conversa calma, entrecortada por gargalhadas.
São dias estranhos e negativos, estes por que passamos. Na próxima vez que andar por lá, encontrarei os seus parceiros habituais, o Mário e o Finha. E a Ana, claro. Mas o Toi Patinhas já lá não estará. E o convívio dele faz-nos falta. Como todas as pessoas que valem a pena.
Que dias tristes estes. Que tempos dispensáveis estes.
1 comentário:
Sentidos pêsames pelo amigo Toi.
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