E assim fica terminada a ronda das freguesias.
Com o Jorge em Moura e em Santo Amador; com a Ana Caeiro e o José Manuel Godinho em Safara e em Santo Aleixo; com o Miguel Caleça na Póvoa e na Estrela.
É com eles que vou estar. Politicamente, emocionalmente, presencialmente. Acredito neles porque os conheço, porque conheço o meu concelho, porque é lá o meu sítio. Bom, lá e em Mértola, tenho de admitir.
Acredito neles e tenho ESPERANÇA. E é a eles, e a todos nós, que dedico o poema ESPERANÇA, do grande Mário Quintana:
ESPERANÇA
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
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