domingo, 22 de março de 2015

A OUTRA VIDA

A fotografia, colocada em tempos no facebook, encheu de fúria uma velha amiga. Trata-se do meu gabinete, em Mértola, em plena "energia redatorial". Este mesmo gabinete está hoje arrumadíssimo, o que é mau sinal.

Depois da recente publicação de Entre Roma e o Islão estou numa quase paragem, ditada pela atividade autárquica. A minha outra vida imobilizou-se, ou quase. Deitando contas aos próximos tempos, é muito pouco o que tenho pela frente, não contando o trabalho intenso a que a Câmara de Moura me obriga. Apenas duas coisas (a azul) são extra-Moura. O livro sobre Bolama está suspenso. O resto é de cá. E tem, também, a ver com o meu conceito da função de Presidente da Câmara. Ora deixa cá ver, assim a modos de balanço:

Castelo de Moura - escavações arqueológicas. Deve ser um dos raros casos em que o segundo volume foi impresso antes do primeiro. Este, por seu turno, já está redigido e em correções. Dois ou três meses mais? Deve ser mais ou menos isso... Para um livro longamente prometido, tem que se lhe diga.

Água. Exposição com que o espaço do antigo matadouro municipal abrirá ao público. O projeto é interno (arq. Patrícia Novo). Assumi a direção da exposição, em conjunto com as colegas Vanessa Gaspar e Marisa Bacalhau. Entreguei a ideia base para o guião, a partir do qual será desenvolvido o projeto final. Inauguração? Final de 2015/início de 2016.

Os amarelejenses. Depois de um começo atribulado, começa a tomar forma este projeto, a desenvolver por José Manuel Rodrigues, nome prestigiado da fotografia em Portugal. O trabalho de campo, na Amareleja, terá lugar entre meados de 2015 e meados de 2016. O livro sairá no final desse ano.

Bolama. Semi-escrito e maquetado. Não gosto da primeira versão do texto e este livrinho sobre uma esquecida cidade africana terá de esperar. Em todo o caso, ainda faltam fundos disponíveis (os meus) para a tradução e a impressão. Está suspenso e sem data de saída.

Os Cristos de Moita Macedo. Desafio recente para comissariar uma exposição na Sé de Lisboa. O trabalho é pouco complicado e resolve-se em muito pouco tempo. Haverá exposição quando for indicado o local disponível.

Chegar a casa. Curta-metragem produzida para o Festival Islâmico de Mértola. Rodagem em dois dias (7 e 8 de fevereiro), montagem noutro (15 de março). Um certo ritmo R.W. Fassbinder na organização do trabalho. Está quase, graças à enorme generosidade de um amigo. Apresentação pública no dia 22 de maio.

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