terça-feira, 3 de outubro de 2017

E LA NAVE VA (DE NOVO)

É o final do filme. O navio afunda-se. Em grande estilo e em ritmo operático. Ouve-se correr o vento e depois a tragédia afinal não o é. É um dos mais belos finais de filme de toda a História do Cinema. No final da sequência damo-nos conta que é tudo ilusão. Vejam porquê.

É uma sequência apropriada para se encerrar o ano de 2010. Ao som da Traviata, com a imagem do navio que se afunda, em tom jocoso e com a convicção que tudo não passa de uma infinita ilusão.

E la nave va tem um tom crepuscular. Datado de 1983 é o último dos grandes filmes de Fellini. É um dos meus preferidos, devo dizer. Talvez pelo tom de crepúsculo.

(repete-se um post de 31.12.2010, e isto não ter a ver com as eleições... é só por ser bonito)

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