quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

SOLSTÍCIO COM COR

O Alentejo é branco? E azul e amarelo, em requebros tropicais. Fotografias feitas há semanas, no Espírito Santo, em Mértola, durante a preparação de um projeto para a Câmara Municipal. A visão do futuro dos sítios quase iluminada pelo seu passado. Causa sempre um pouco de angústia que o Património seja quase só memória.

A moagem estava silenciosa, feita cor pela luz forte da manhã. A maquinaria há muito que se calou. Os guardiões do sítio mantêm uma esperança quase juvenil no futuro. Fiz algumas fotografias para documentar o projeto. Emily Dickinson veio em meu auxílio.



A light exists in spring
Not present on the year
At any other period.
When March is scarcely here
A color stands abroad
On solitary hills
That science cannot overtake,
But human nature feels.
It waits upon the lawn;
It shows the furthest tree
Upon the furthest slope we know;
It almost speaks to me.
Then, as horizons step,
Or noons report away,
Without the formula of sound,
It passes, and we stay: 
A quality of loss
Affecting our content,
As trade had suddenly encroached

Upon a sacrament.

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