Passava das 20 horas de ontem quando, sem placa comemorativa nem qualquer intervenção (nesta vida política, há 1001 maneiras de desvalorizar o que está feito), se deu início ao espetáculo que assinalou a abertura da torre do relógio. Entrei no recinto, depois de uma agitada passagem pelo bar da Filarmónica, pela primeira vez depois de setembro de 2017. E pude pensar baixinho "tínhamos razão, quando por este caminho avançámos". Como me segredou uma velha amiga, o projeto, e o que dele resultou, resume-se em palavras como sobriedade e bom gosto. Um edifício esventrado e com uso precário deu lugar a uma sala digna, e que a Amareleja merece. Foi uma noite feliz, e que me deixou de alma cheia.
Foi pena ter estado tão pouca gente. Mas uma inauguração às 20 horas é quase um convite à não presença. Do ponto de vista pessoal, virei, sem disfarçar o orgulho, mais uma página. E com a sensação de ter, uma vez mais, "estado em casa".
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