Uma veterana professora contou-me, há dias, o que é o trabalho com as turmas de não-leitores. Ou seja, o que é acompanhar a "evolução" de alunos do ensino básico que progridem até ao 5º ou ao 6º ano sem saberem ler. Os educocratas continuam uma lógica de eficaz masturbação mental: há menos insucesso, há mais progressão e as crianças, mesmo não sabendo ler, têm outras competências.
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Quais?, perguntei à veterana professora.
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Sabem atar os cordões dos sapatos, foi a amarga resposta.
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Fiquei esclarecido. O nível e a qualidade de escrita de muitos dos meus alunos universitários passaram a ter outro enquadramento.
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3 comentários:
"Ou seja, o que é acompanhar a "evolução" de alunos do ensino básico que progridem até ao 5º ou ao 6º ano sem saberem LAR."
LER. A palavra é LER. Valham-me os leitores atentos às falhas de teclado. Obrigado!
e eu a pensar que o meu amigo tinha ido ao âmago da questão
o problema de não LER é precisamente o não LAR.
caetano
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