quarta-feira, 6 de março de 2013

SOB O SIGNO DE HOPPER - III: WINSLOW HOMER


A luz translúcida de Winslow Homer (1836-1910) refletiu-se nas telas de Hopper. Não há, nem numas nem noutras, sombras de tragédia. Apenas a placidez de um mar calmo. E a vibração da luz. A mesma calma se desprende das palavras de Fiama Hasse Pais Brandão.


DO MAR

Aqueles de um país costeiro, há séculos,

contêm no tórax a grandeza
sonora das marés vivas.
Em simples forma de barco,
as palmas das mãos. Os cabelos são banais
como algas finas. O mar
está em suas vidas de tal modo
que os embebe dos vapores do sal.
Não é fácil amá-los
de um amor igual à
benignidade do mar.

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