Esta manhã, ao enviar uma carta registada para os Estados Unidos, reparei que os avisos de receção são bilingues: português/francês. A língua francesa está hoje, e excetuando alguns resquícios coloniais, equiparada ao latim. Imagino como nos USA olharão para o impresso... Mas os CTT continuam, firmemente, a usar o francês como segunda língua. Em impressos já adaptados ao órrível AO.
Homenageemos a doce língua francesa. Com Gilbert Bécaud e com André Gide, com uma citação conhecida de Les faux-monnayeurs.
Un jour vient où l'être vrai reparaît, que le temps lentement déshabille de tous ses vêtements d'emprunt ; et, si c'est de ces ornements que l'autre s'est épris, il ne presse plus contre son coeur qu'une parure déshabitée, qu'un souvenir... que du deuil et du désespoir.
A Profª. Esther de Lemos deu-nos a ler Gide, nos últimos anos do liceu. As palavras de Gide soam a música.
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