Está terminado o projeto de reabilitação da Torre do Relógio, que será apresentado durante este mês à população da vila. O caminho tem sido difícil, tal como será daqui para a frente. Tomou a seu cargo esta tarefa a Câmara Municipal, entidade com capacidade técnica e financeira para o fazer.
Honraremos este compromisso tal como honrámos outros: Central Fotovoltaica, Campo de Futebol, Parque de Vale de Juncos, Campo de Jogos da EBI, Pavilhão das Cancelinhas. Tem sido assim e assim continuará a ser.
Um dos caminhos que tenho defendido, enquanto técnico e nas
funções autárquicas, é o da importância da reabilitação dos edifícios, dos
sítios e dos lugares públicos. Julgo ter dado alguns contributos nesse sentido,
neste nosso concelho. O trabalho tem sido coletivo e tem envolvido presidentes
e vereadores. Por razões de circunstância, esse trabalho ganhou maior
visibilidade na última década. Por opção, o investimento saiu da sede do
concelho e estendeu-se a várias localidades. Neste momento, preparam-se duas
reabilitações de vulto: a da igreja paroquial de Safara e a da chamada Torre do
Relógio, em Amareleja. A primeira comporta um reforço da estrutura do imóvel,
tem financiamento assegurado e terá início em breve. Foi um processo longo,
difícil e cheio de obstáculos. As dificuldades ultrapassaram-se e os obstáculos
foram afastados. A segunda implica uma intervenção mais profunda. Num edifício
que nunca conheceu utilização plena (não tem cobertura, o que limita o seu uso),
o desafio é mais complexo. Trata-se de:
- Dotar a chamada Torre do Relógio de uma cobertura, a qual
será parcialmente amovível, para permitir que se possa tirar partido das noites
de verão;
- Dotar o espaço de condições que permitam diferentes
utilizações: religiosa, cultural (exposições, feira do livro etc.) e musicais;
- Financiar e realizar uma obra cujo custo ultrapassa 400.000
euros.
Também no caso da Torre do Relógio não foi fácil chegarmos a
este ponto. Inúmeras dificuldades e objeções se levantaram. Também elas foram
ultrapassadas. Porque a Câmara Municipal é a entidade com capacidade e
competência para resolver este problema. Com determinação e conhecimento de
causa levaremos o projeto para a frente e criaremos mais um espaço de qualidade
no nosso concelho.
Em que ponto nos encontramos?
- O projeto está terminado;
- A obra será candidatada a financiamento e será
concretizada;
- Data de inauguração: 2018 ou 2019 (não faltarão um ou dois
parlapatões a dizer que executariam a obra em seis meses, que a fariam por um
quarto do preço etc., mas a seriedade destas coisas impõe que se diga a
verdade);
- Até lá, o espaço pode ser utilizado, como sempre foi. Para
concertos e em ocasiões festivas. A Torre do Relógio não foi, nem será,
recusada. Terá apenas de ser solicitada a sua utilização à Câmara Municipal.
Nada mais simples.
Em conclusão, e para que tudo fique claro: a Torre do Relógio
é propriedade da Comissão Fabriqueira de Amareleja. Foi cedida à Câmara
Municipal para ser recuperada. É isso que se fará. Com calma e sem hesitações.
Texto publicado hoje, em "A Planície".
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