segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

O MEDO À ESPREITA, EM EL EJIDO

Estive uma única vez em El Ejido. Terá sido há uns 20 anos. Havia lá um colóquio e tinha sido convidado a participar. Foi naquela altura da minha vida em que achava importante andar aos saltos de colóquio em colóquio e de comunicação em comunicação. Depois passou-me...

De El Ejido recordo apenas a planura e uma terra perdida no meio das estufas. Já havia marroquinos à procura de uma vida melhor. Mas não tantos como nos anos seguintes.

Creio ter escrito algures, talvez no "Diário do Alentejo", uma crónica sobre El Ejido. Uma terra perdida no meio da agricultura industrial, aborrecida e próspera. A emigração magrebina tomaria, mais tarde, conta de El Ejido. As mais-valias deram origem a conflitos.

Vox só ganhou num município as recentes eleições autonómicas. Foi em El Ejido. O ovo da serpente espreita.


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