quarta-feira, 8 de abril de 2020

CINEMA DE REPRISE

Agora, que o tempo é mais longo, que trabalho de forma mais concentrada e mais horas (!), porque nada mais há para fazer, vou olhando as redes sociais - os conteúdos para as ditas é coisa que faz parte do meu trabalho - e retomando o Instagram. Ontem, pus lá uma curta-metragem, do ano de 2015.

Um amigo, que está na Arábia Saudita, mandou esta mensagem "este filme está qualquer coisa de espectacular". É sempre bom saber que houve 1 (uma) pessoa que gostou do filme.

Foi então que me lembrei dos cinemas de reprise, uma memória arqueológica de uma coisa que durou, em Lisboa, até final dos anos 70. Havia cinemas de estreia - onde os filmes estavam três ou quatro semanas, por vezes muito mais (Emmanuelle, um porno softcore sem qualquer interesse, segundo ouvi dizer, esteve um ano em exibição no Avis, com três sessões diárias...). Os filmes passavam depois, numa segunda fase, para os cinemas de reprise. A maior parte deles já desapareceu. Recordo o Paris (em ruínas, na Rua Domingos Sequeira), o Europa (hoje biblioteca e espaço cultural, na Rua Francisco Metrass), o Cinearte (hoje sede de um grupo teatral, no Largo de Santos), o Restelo (na Av. da Torre de Belém, substituído por um super-mercado), o Promotora (atual videoteca da Câmara Municipal de Lisboa) etc.

Portanto, em jeito de reprise, e com um abraço para as bandas do Golfo Pérsico, aqui vai:

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