Das duas uma: ou hoje ninguém faz anos ou os revisores meteram, escandalosamente, o pé na argola. O momento final de produção de um jornal ou de um livro é, sempre, uma altura de risco e sujeita a grandes asneiras. Sei, por experiência própria, o que isso é.
O episódio seguinte foi-me contado por um designer, a propósito da impressão de uma conhecida revista cultural, já desaparecida. Por qualquer razão, resolveu esse meu amigo fazer uma última leitura do que estava em pré-impressão, poucos momentos antes das rotativas começarem a imprimir. Foi aí que reparou que uma fotografia de um biombo namban tinha como legenda a frase Biombo namban onde se vêm vários jesuítas em vez de Biombo namban onde se vêem vários jesuítas. Deu um berro e mandou parar as máquinas. Ainda a tempo de evitar que uma tiragem de 10.000 exemplares fosse direitinha para o lixo. Sobretudo a tempo de evitar sérios embaraços ou algum enérgico protesto por parte da Companhia de Jesus.
3 comentários:
Aqui deixo um truque para que nao se enganem mais na ortografia de vêm (verbo vir) e vêem (verbo ver).
Quando se trata do verbo VER e porque temos DOIS OLHOS temos que duplicar a letra E.
Estao a ver ? é facil...
Na Planície de hoje também vem uma engraçada na entrevista do Pós de Mina, o famoso escritor colombiano Gabriel Juca Marques, ah ah ah
São coisas que acontecem.
Uma vez, no Brasil imperial, um jornal reportava que Sua Magestade tinha torcido um pé na viagem entre Portugal e o Brasil e informava os leitores que, por causa disso, o monarca tinha descido do navio apoiado num par de MULATAS. É, decerto, bem melhor uma pessoa apoiar-se em mulatas que em muletas, mas nem imagino a cara do editor ao dar-se conta da barraca...
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