Nestes dias de clima opressivo em que nos querem meter lembrei-me, quase sem querer, do César Barreto. Conheci o César quando se preparava a exposição Lusa - a matriz portuguesa. Ele tinha sido encarregue da produção do material fotográfico do catálogo. É um homem de espírito livre e aguçado sentido criador. A tarefa que lhe foi atribuída era realizada com brilhantismo e boa disposição. Mas também com uma descontracção e uma nonchalance que punha os nervos da Conceição e da Ana Isabel em franja. As peças mais precisosas eram manipuladas de uma forma que escapava aos manuais dos conservadores de museus. Tudo se resolveu, no meio de alguns gritos e do imperturbável sorriso do César.
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Acabei por establecer com ele, nas tardes passadas no improvisado estúdio que se montou no antigo cofre-forte do Banco do Brasil, uma simpática relação de amizade. Esta imagem do seu querido Rio de Janeiro está publicada no catálogo que me ofereceu.
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