"Thoughtcrime is death. Thoughtcrime does not entail death, Thoughtcrime is death.... The essential crime that contains all others in itself."
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Tony Blair leu George Orwell, evidentemente. Na segunda metade do século XX toda a gente o lia. Bem sei que a definição dada por Orwell tinha a ver com o desafio da ortodoxia. No entanto, a noção que todos os crimes começam com um pensamento assenta como uma luva a Tony Blair. Até porque, na história real, Blair não é acusado, mas sim acusador. É isso que lhe permite dizer "a decisão que tomei - e francamente voltava a tomar - foi de que se houvesse alguma possibilidade de ele [Saddam Hussein] desenvolver armas de destruição maciça nós deveríamos pará-lo".
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O Iraque é o primeiro massacre global da História apoiado numa hipótese. Que foi vendida a todo o planeta como uma verdade irrefutável.
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2 comentários:
ça n'est pas la premiere fois qu'une mise ne scène destinée à tromper les gens sert à entrer en Guerre, c'est même le cas le plus fréquent
Al-Qaida ... l'incendie du Bundestag.
Il ne faut pas oublier la seule bonne chose qu'avait fait Jacques Chirac pendant son long pouvoir : le dire. Le discours de Villepin du 14 février 2003 est cité contre Blair.
Il n'y a jamais eu aucune preuve que Sadam Hussien avait des armes de destruction massive, évidemment, puisqu'il n'en avait pas.
Hoje estou como o Alberto Caeiro, não me apetece pensar demasiado nas “cousas” e,
nestes casos, fica sempre bem recorrer às citações. Acho que é o Chakall que também diz que não é preciso inventar novas receitas culinárias, porque já todas foram inventadas. Assim, tal como as receitas culinárias, as ideias só têm que ser redescobertas e ressuscitadas, acrescentando-lhes, quando necessário, um pouco da nossa marca pessoal.
Assim sendo… deixo esta reflexão sobre o crime da palavra – o crime moral em que, por norma, os seus autores ficam impunes:
“Nenhum código, nenhuma instituição humana pode prevenir o crime moral que mata com uma palavra. Nisso consta a falha das justiças sociais; aí está a diferença que há entre os costumes da sociedade e os do povo; um é franco, outro é hipócrita; a um, a faca, à outra, o veneno da linguagem ou das ideias; a um a morte, à outra a impunidade…”
Honoré de Balzac, in "O Contrato de Casamento"
BB
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