Abril é o mais cruel dos meses, gerando
Lilases na terra morta, misturando
A memória e o desejo, atiçando
Raízes inertes com a chuva da primavera.
O inverno manteve-nos quentes, cobrindo
A terra com a neve do esquecimento, alimentando
Um pouco de vida com tubérculos secos.
April is the cruellest month, breeding
Lilacs out of the dead land, mixing
Memory and desire, stirring
Dull roots with spring rain.
Winter kept us warm, covering
Earth in forgetful snow, feeding
A little life with dried tubers.
O mês de abril foi cruel, sim, mas não no sentido em que Eliot o afirma. Menos poeticamente: o País afoga-se em contradições e dificuldades e as ondas de choque fazem-se sentir por toda a parte. Se em abril os problemas se avolumaram, maio irá trazer problemas acrescidos. Ao nível das empresas, das autarquias, das associações (designadamente das que têm na investigação a sua atividade principal).
Esse mundo estaria fora das cogitações de T.S. Eliot (1888-1965) quando, em 1922, escreveu The waste land. Deixo-vos o início da 1ª parte - O enterramento dos mortos -, aquela de que mais gosto (juntamente com a 4ª). A fotografia é de Cartier-Bresson. Não sei a data, mas gosto da sugestão de vertigem.
Esse mundo estaria fora das cogitações de T.S. Eliot (1888-1965) quando, em 1922, escreveu The waste land. Deixo-vos o início da 1ª parte - O enterramento dos mortos -, aquela de que mais gosto (juntamente com a 4ª). A fotografia é de Cartier-Bresson. Não sei a data, mas gosto da sugestão de vertigem.
2 comentários:
Dizem os françeses..."Avril au Portugal c'est toujours ideal".Um abrço A.P
Caro Santiago,a fotografia é de 1965 mas não é de Bresson mas sim de Martine Franck que foi sua esposa.
Cump.
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