Um dos pontos interessantes da exposição Primitivos Portugueses (1450-1550). O século de Nuno Gonçalves é a preocupação com o desenho subjacente ao que hoje se vê. Dúvidas, hesitações e alterações de programa tornam-se assim visíveis. Fui para História da Arte por causa dos métodos de análise da pintura antiga. Gostas de saber o que está por detrás das coisas, alguém me notou. Talvez seja. A arqueologia leva ao que se esconde por baixo da terra.
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Foi um dia de mundos invisíveis que culminou com o filme A cidade dos mortos, de Sérgio Tréfaut. Um documentário contido, quase púdico. Rodado nos extraordinários cemitérios do Cairo, onde os vivos e os mortos partilham o mesmo espaço, não vemos nenhum funeral e a imagem da morte é-nos dada pelos olhos e pelas palavras dos vivos. .
A ciência ao serviço da Arte: desenhos e esboços, hoje invisíveis, nos Painéis de S. Vicente.
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Sobre o filme de Sérgio Tréfaut: http://www.acidadedosmortos.com/
2 comentários:
Só sei que o sr do bigode e chapéu grande é provavelmente D. Duarte segundo as descrições de João de Barros, Eanes de Azurara e Rui de Pina. mais interessante é perceber quem fabricou o mito. Terá sido durante o Estado Novo?
Caro João
Interpretei a pergunta como uma dúvida formulada em voz alta.
Não são claras as atribuições. Há, como sabes, uma grande produção bibliográfica sobre o assunto.
Ao Estado Novo foram convenientes vários mitos, sobretudo os que vincaram o pendor lusitano (não tão lusitano assim, ao fim de contas) da arte desta época.
SM
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