sábado, 12 de março de 2016

LEITURA PÚBLICA: 30 ANOS

A tarde de ontem foi passada no MUDE, numa sessão comemorativa dos 30 anos de rede de Leitura Pública. Fui, se não estou em erro, o único Presidente de Câmara presente. Não podia deixar de estar presente. Havia uma razão fundamental: em 1986, era eu um jovem chefe de divisão da cultura na Câmara de Moura quando decidimos avançar para um projeto de expansão da Biblioteca Municipal. Presidente na altura? António Lamas de Oliveira. Vereador da Cultura? Luís Raposo. Sem eles, o processo não teria avançado.

A Rede de Leitura Pública foi uma peça essencial na construção da Democracia. Teresa Patrício Gouveia referiu ontem o papel dos autarcas nesta caminhada. Maria José Moura sublinhou esse aspeto mencionando, para minha surpresa (e algum embaraço), a minha presença na sala. Alfredo Monteiro (ex-alcaide do Seixal, em representação da ANMP) fez uma belíssima intervenção, explicando o papel diminuto das autarquias na despesa global do Estado e, ao invés, a capacidade reprodutiva que os investimentos feitos nas Câmaras Municipais têm. Uma tarde muito interessante, onde tive o prazer de ouvir amigos como Ana Paula Gordo, a quem esta rede tanto deve!, como Silvestre Lacerda, hoje numa tarefa bem ingrata, como Paulo Leitão...

30 anos depois continuo empenhado neste processo e nestes projetos. A Biblioteca de Moura esteve no epicentro da minha saída do quadro da Câmara, em 1991. Retomei o dossiê em 2005. Ainda não está concluído. Não tenho ideia de desistir, contudo.

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