Fui assistir, hoje de manhã, à instalação da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal de Moura, em Santo Aleixo da Restauração. Para estar com gente amiga, para voltar a entrar no Pinpim e no Tijolo. Para cruzar terra firme, no meu concelho.
O dia decorreria com normalidade, não fosse o extraordinário discurso do presidente da câmara. No meio das habituais jonglerias e banalidades sai-se com esta "quando o Estado não trata das coisas, tratamos nós; como vamos fazer com as igrejas de Moura e de Santo Aleixo". Dou de barato a costumeira confusão entre Estado e Poder Central. O Estado abrange o Poder Central, mas o Poder Central não é o Estado. A parte mais divertida é dizer nós vamos fazer. Na verdade, a autarquia vai pagar 1% (um por cento) do total das obras. O resto é pago pelo tal Estado... O seja, como a formiga em cima do elefante "tal não é o poeiredo que a gente vai fazendo!"
Voltarei ao tema, de forma mais alargada, para denunciar o embuste. Para já, a atitude anti-Estado só me fez lembrar uma cena do filme "Recordações da Casa Amarela", quando há um que quer marchar sobre S. Bento.
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