sexta-feira, 4 de maio de 2018

CRÓNICAS OLISIPONENSES - III

Era frequente, nos tempos em tinha aulas no Instituto Britânico, regressar ao Rossio pelas travessas por baixo do Príncipe Real. Gostava em especial do nome de uma: Travessa do Abarracamento de Peniche. O nome remontava aos tempos a seguir ao Terramoto de 1755, quando tropas vindas de vários pontos vieram ajudar a restabelecer a ordem e a garantir a segurança na capital. Um desses regimentos veio de Peniche e ficou naquela zona, precariamente alojado em barracas. O próprio rei, cheio de medo, passou a viver num paço em madeira, popularmente conhecido como Real Barraca. Isso está-nos colado à pele. A barraca e o abarracar. A relote com avançado e a marquise de alumínio fazem parte do abarracamento urbano.

Hoje, fui surpreendido com mais um cúmulo na arte de abarracar: esta linda barraca, que tem a ver com o Festival da Eurovisão - tout va avec... -, por debaixo da pala do Pavilhão de Portugal.

Fotografia: Luís Pedro Duarte

2 comentários:

Portugalredecouvertes disse...



Que cena !!!

Anónimo disse...

Porreiro pá!Ele há com cada uma!...

Helder Caseiro