Vinhas e oliveiras, Joan Miró (1919)
A
ideia foI lançada por Francisco Derriça Mendes, veterinário
municipal. Se a Câmara organizava, de dois em dois anos, a
OLIVOMOURA – Feira Nacional da Olivicultura, porque não introduzir
uma componente que a ligasse à investigação científica? E porque
não, de facto? O próprio Derriça Mendes sugeriu que se abrisse um
concurso, destinado a premiar dissertações no âmbito da
olivicultura. Pareceu-nos uma excelente forma de inovar a OLIVOMOURA
e dar um contributo diferente nesta área.
Assim
se fez. Na feira de maio de 2010 apresentou-se a iniciativa. O prémio
teve como promotores a ADEMO (Associação para o Desenvolvimento dos
Municípios Olivícolas Portugueses), o CEPAAL (Centro de Estudos e
Promoção dos Azeites do Alentejo) e a DRAPAL (Direção Regional de
Agricultura e Pescas do Alentejo). Essas entidades, em conjunto com a
Câmara Municipal, divulgaram e promoveram o prémio junto das
instituições de ensino superior.
Do
ponto de vista prático esse reconhecimento seria traduzido na
atribuição de um prémio pecuniário (2.500 euros) e na publicação
da dissertação. A Feira Nacional de Olivicultura associava assim
uma indispensável componente de investigação científica à
promoção de uma das mais importantes atividades económicas da
nossa região.
A
quem foram atribuídos os prémios?
Em
2012, ao
trabalho A
mecanização da poda do olival. Contribuição da máquina de podar
de discos,
de ANTÓNIO
FERNANDO BENTO DIAS (diss. de doutoramento - Univ. de Évora).
Em
2014, a Olivicultura
de precisão. Avaliação da variabilidade espacial da produtividade
e qualidade da azeitona e azeite num olival semi-intensivo,
de
ANTÓNIO MARIA GRAVE TEIXEIRA DE JESUS
(diss. de mestrado - Instituto Superior de Agronomia).
Em
2016, ao
estudo Provocação
de sintomas de defesas minerais em oliveira e determinação de nível
crítico,
de
MIGUEL MARIA DE MOURA FERREIRA GUERREIRO (diss. de mestrado - Univ.
de Córdova).
Registe-se,
enfim, o substancial aumento
substancial de trabalhos a concurso entre as
edições de
2012 e 2016. As
duas primeiras teses premiadas foram editadas em DVD, pela Câmara
Municipal de Moura, em 2016.
Falta editar a tese de Miguel Guerreiro. Falta também saber qual o trabalho que venceu o concurso em 2018. Por lapso, seguramente, não estava no programa da OLIVOMOURA.
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