terça-feira, 15 de maio de 2018

RAÚL MIGUEL ROSADO FERNANDES (1934-2018)


Não tínhamos afinidades e só o conheci pessoalmente nos anos 90, quando pertenci a uma comissão no âmbito do Ministério do Planeamento e da Administração do Território. Não éramos nem fomos próximos, mas tivémos, a partir daí uma relação de grande cordialidade. Que se reforçou na altura em que nos foi atribuído (a Cláudio Torres e a mim, ex-aequo com o matemático Jorge Buescu, o Prémio Rómulo de Carvalho). Sem grande cerimónia, pedi-lhe que me traduzisse para latim o título de duas exposições fotográficas ("ó homem, para que é você quer isso numa língua que já ninguém fala?", exclamou entre sonoras gargalhadas). Foi assim que apareceram Lux et umbra meridianaeA riuis Anatis fluminis extremum mundi uideri potest (qualquer erro é da minha responsabilidade, bem entendido...). Pessoas como ele fazem-nos falta. Pela independência e pela liberdade de espírito que tinha. Pela erudição e pela qualidade como académico.

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