A comunicação estava a demorar mais do que o previsto, de facto. O egiptólogo, de ar solene, ia explicando num quadro, a importância da peça que estava a estudar. E dava informações detalhadas sobre as palavras lidas. E traçava, com assinalável rigor e desenvoltura, os hieróglifos. Mais um desenho. E outro. E outro. Às tantas, a moderadora da mesa, conhecida por ser pouco moderada, deu um soco no microfone e interrompeu "olha lá, pá, 'tás quase a acabar ou vais ficar aí a desenhar passarinhos o resto da tarde?". Não vale a pena relatar o que se seguiu. A comunicação terminou num ápice.
sábado, 5 de maio de 2018
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