Perto do final da vida Anna Magnani (1908-1973) declarou-se saturada de representar o papel de heroína das classes populares. Sempre tive uma especial paixão pela figura de Anna Magnani, pelos seus olhos sofridos e, apesar da sua própria reserva, por aquela figura de mulher do sul que nunca ninguém poderá imitar. Tenho nas prataleiras de memória vários filmes protagonizados por Anna Magnani. Talvez o primeiro tenha sido A comédia e a vida (1953), de Jean Renoir. Mas seguramente o mais difícil de esquecer é Mamma Roma. Em particular por ser uma história não só plausível como autêntica. Quantas mulheres não passaram pela experiência e sofreram a amargura de uma vida como a daquela mamma.
Acumulei muitos filmes ao longo da vida. Em nenhum encontrei um olhar tão expressivo como o de Anna Magnani. Dois dos seus filmes estão disponíveis em Portugal, em versão DVD: Roma, cidade aberta, de Roberto Rossellini (1945) e Mamma Roma, de Pier Paolo Pasolini, de 1962. Nenhum deles tem efeitos especiais ou coisas assim. São histórias de pessoas. E têm Anna Magnani.
Acumulei muitos filmes ao longo da vida. Em nenhum encontrei um olhar tão expressivo como o de Anna Magnani. Dois dos seus filmes estão disponíveis em Portugal, em versão DVD: Roma, cidade aberta, de Roberto Rossellini (1945) e Mamma Roma, de Pier Paolo Pasolini, de 1962. Nenhum deles tem efeitos especiais ou coisas assim. São histórias de pessoas. E têm Anna Magnani.
1 comentário:
O texto descreve na perfeição a magnitude da foto. E certamente da mulher que a ela dá corpo.
Enviar um comentário