A exposição Portugal e o mundo nos séculos XVI e XVII vai estar patente no Museu Nacional de Arte Antiga até dia 11 de Outubro. É um bom pretexto para uma visita a um dos museus portugueses mais interessantes. É, sobretudo, o pretexto para ver peças já conhecidas e para tomar contacto com um razoável número de produções artísticas que, por norma, só vemos nos catálogos ou que desconhecíamos.
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No período moderno, o mundo europeu alarga-se e "globaliza-se". As produções artísticas que ali apreciamos são fruto de uma frenética actividade comercial. Estranhamente, Portugal vira costas ao Mediterrâneo e lança-se na aventura atlântica, para sul mas também para norte de onde chegam as esculturas e as pinturas da Flandres. Em duzentos anos todas as alquimias artísticas irão ser tentadas. O fascínio do exótico é evidente e é essa realidade que podemos, em todo o esplendor, abarcar nesta exposição. Vale muito mais que os 5 € da entrada.
Taça feita a partir de um corno de rinoceronte por Nikolaus Pfaff (c. 1556-c.1612). As caprichosas formas da taça estão na pré-história da Arte Nova.
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Site do MNAA: http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt/
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Uma breve nota final: tive a agradável supresa de constatar que a luminotecnia da exposição é assinada por Vitor Vajão, em técnico com o qual a Câmara Municipal de Moura tem vindo a trabalhar em tempos recentes. São dele os projectos de iluminação da Igreja de Santo Aleixo (2006-2008) e do Edifício dos Quartéis (obra em curso).
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