sexta-feira, 29 de abril de 2016

VERDES SÃO OS CAMPOS (E AS ERVAS NA RIBEIRA)

Verdes são os campos

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.




A lírica camoniana em começo de dia e em final de semana.  Este é um dos meus poemas preferidos. Lembrei-me dele ao fotografar, há semanas, no Ardila. 

Os computadores permitem hoje estas conversões: cor ou preto e branco? A imagem partiu de um erro de leitura meu. Esqueci-me, fotografando em manual, de ajustar a abertura: f/13 a 1/250 deu isto, uma imagem escura, quase impercetível. Optei por a manter. Ficou melhor do que se tivesse ficado bem...

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