segunda-feira, 2 de agosto de 2021

OITAVA CANDIDATURA

 Artigo hoje em "A Planície":

Porquê e para quê? A pergunta foi-me repetida por uma amiga mourense, na noite do dia 24 de julho, algures na Avenida Rovisco Pais. Um “clássico”, na minha vida. Porquê e para quê. Tantas vezes que amigos e familiares mo têm repetido. Incessantemente.

                Depois de outubro de 2017, e depois de 12 anos ao serviço do Município de Moura, retomei a atividade profissional. Muita gente pensou que o tempo na autarquia dava direito à reforma. Perdi a conta ao número de vezes que tive de explicar que a aposentação chegará em 2029 ou 2030, quando tiver idade para tal. Entre abril de 2018 e dezembro de 2019 estive na Câmara de Lisboa, entre janeiro de 2020 e março de 2021 como profissional liberal, desde abril estou na direção de um monumento. Pensava ter fechado, de vez, o capítulo da política local. Não seria assim.

                No decorrer destes anos, cheguei à conclusão que também esta reforma ainda não tinha chegado. Não é necessário o protagonismo de outros tempos, não é preciso estar na linha da frente, há que dar o lugar aos mais novos e a uma sempre imprescindível renovação.

                Porquê e para quê, então? Porque é necessário retomar um caminho de trabalho e de esperança. Porque mais quatro anos “disto” mergulharão o concelho no retrocesso. As questões partidárias são importantes mas estão, para mim, muito longe de serem determinantes. Estive convicta e lealmente com o José Maria Pós-de-Mina entre 2005 e 2013 (anos em que fui vereador), tal como só manifestei a minha disponibilidade para colaborar por ser o André Linhas Roxas o candidato. Só conhecia o André muito vagamente até 2010, altura em que ele foi trabalhar para a Câmara de Moura. Rapidamente lhe identifiquei um par, vários pares…, de características que fazem toda a diferença: lealdade sem subserviência, disponibilidade, honestidade e capacidade de diálogo com as pessoas. Marcaram-me o nunca se furtar ao trabalho, a vontade de dar tudo por tudo e a ausência de desculpas para justificar o que, por vezes, ia menos bem. Ficámos amigos e isso é algo que prezo de forma muito especial.

                Ter ele sido número 2 em 2017 foi uma grande aposta. E criou um quadro político. Quando se tornou claro que “seria ele” (nestas alturas é que a gente vê quem tem aquilo que Mourinho dizia quando falava de táticas arriscadas…), disse-lhe de imediato “contas comigo para o que for necessário”. É por isso que estou “na oitava”. De forma mais discreta, mas não menos convicta. E com a certeza, várias vezes reiterada, que depois de anos tão intensos voltarei sempre a Moura.

                O discurso do André e da sua equipa têm-se feito pela positiva. O futuro tem sempre um passado. Não queiram eles ser confrontados um dia com afirmações menos próprias e atitudes tristes. Isso não acontecerá. O caminho faz-se caminhando. É nessa caminhada pela positiva e por um futuro com esperança que me encontro. Pela certeza que o André e a sua equipa saberão corporizar a diferença e um novo caminho.





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