terça-feira, 24 de novembro de 2009

LA HABANERA

Está tudo fora de tom. O filme passa-se, supostamente, em Porto Rico, mas foi rodado nas Ilhas Canárias, pouco antes do começo da 2ª Guerra Mundial. Todos os porto-riquenhos falam um alemão irrepreensível e a habanera (habanerrra, que é como eles dizem no filme) é originária de Cuba. Para além disso, repare-se no perfil nórdico da latina femme fatale do filme: alta, de pele branquíssima (tinha, na verdade, nacionalidade sueca), com mãos enormes e tranças à valquíria wagneriana.
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O filme é um melodrama mas o resultado desta cena é mais divertido que outra coisa.
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Em português o título era O veneno dos trópicos e vi-o na Cinemateca há mais, bem mais, de 25 anos. O realizador, Detlef Sierck (1900-1987), emigrou, pouco tempo depois deste filme ter sido concluído, para os Estados Unidos. Americanizou o nome para Douglas Sirk, tendo-se tornado um reputado, mas não muito considerado, director de filmes dramáticos. A sua obra tem vindo a ser reabilitada em tempos recentes. Voltarei a Douglas Sirk um dia destes.
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