A evocação do aniversário do nascimento de Manuel Teixeira Gomes leva-me a um breve "desvio" às ligações entre presidentes da República e o meio artístico e cultural. É da praxe que a galeria da presidência tenha um retrato oficial, realizado por um artista nacional. Coube a Mário Soares a renovação desse conceito. Ao contrário do seu antecessor, cujo registo o mostra numa pose rígida e convencional, Mário Soares deixou-se retratar à vontade do pintor, o seu velho amigo Júlio Pomar (n. 1926). O quadro de Pomar, histriónico e provocador, mostra-nos um Soares popular e enérgico e é uma das grandes obras da pintura portuguesa da segunda metade do século XX. Poucos artistas teriam a coragem de o fazer. Poucos retratados teriam o savoir-faire de o aceitar.
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Jorge Sampaio escolheu Paula Rego. E Cavaco Silva? Aceitam-se apostas.
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2 comentários:
Aposto que o Cavaco é mais dado à fotografia...desde que não seja apanhado a comer pastelinhos de bacalháu!!!
Ou bolo-rei, Miguel...
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