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E no domingo à tarde fez-se luz. A bonita galeria do Palácio Galveias resplandecia com as fotografias do maliano Malick Sidibé (n. 1936). Fotógrafo de estúdio tardiamente reconhecido, Malick Sidibé ganhou o estatuto de estrela na cena artística internacional.
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A sua obra, construída num pequeno estúdio em Bamako, foi feita à volta das fotografias de família e dos amigos em trajes domingueiros. Mas também das encenações bem elaboradas - em estúdio ou fora dele, quase sempre com um forte pendor geométrico - ou do registo de uma sociedade que nos parece, e é, bem festiva.
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Escolhi estas quatro imagens: um alegre par de dançarinos na noite de Natal de 1963 e dois amigos em pose. E mais duas fotografias recentes, de uma série de imagens de mulheres fotografadas de costas. Perspectiva provocadora e pouco convencional, particularmente conseguida na mulher que apoia as mãos no solo e tem um movimento pleno de dinamismo.
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Antes que algum amigo de Mértola ou de Moura pergunte: sim, tenho uma camisa com um padrão exactamente igual ao do tecido com que a mulher em baixo cobre a cabeça...
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Veja-se: http://www.agendalx.pt/cgi-bin/iportal_agendalx/Q93.html (e atenção que as fotografias estão em exposição só até final do mês)
1 comentário:
MUITO BOM ... Vi a exposição mas há uns anos, quando havia um evento interessantíssimo (nacional/internacional), que combinava Exposições de Fotografia com o conhecer o património arquitectónico da cidade... A partir desse momento "MALICK SIDIBÉ" passou a fazer parte de minha casa e das suas paredes...Paredes que não têm ouvidos...
"DE "V INTERNACIONAL"
Eu
à poesia
só permito uma forma:
concisão,
precisão das fórmulas
matemáticas.
Às lengalengas poéticas estou acostumado,
eu ainda falo versos e não fatos.
Porém
se eu falo
"A"
este "a"
é uma trombeta-alarma para a Humanidade.
Se eu falo
"B"
é uma nova bomba na batalha do homem."
Vladimir Maiakóvski
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