sábado, 30 de outubro de 2010

RIO BRAVO

Ao fim de quase dois anos de blogue, chega a hora do western. Há semanas deixei aqui um breve excerto de Johnny Guitar, mas o filme de Nicholas Ray tem um pendor cerebral e de tensão de emoções que não existe em Rio Bravo (1959). Nem faz grande falta. Esta obra do versátil Howard Hawks (1896-1977) é um filme cheio de energia, com os nervos à flor da pele e com muita gente mal comportada. Na sondagem da Sight and Sound, Quentin Tarantino foi um dos dois realizadores que votaram neste filme. Percebe-se porquê.
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Os Cahiers du Cinema veneravam Howard Hawks, mas um dos seus primeiros apoiantes foi o crítico Manny Farber (1917-2008) que se celebrizou pelo ataque furioso aos "búfalos do cinema artístico", de entre os quais citava George Stevens, Billy Wilder, Vittorio De Sica e Georges Clouzot. O tempo deu razão a Farber.

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Esta é a minha cena preferida de Rio Bravo. O ambiente tresanda a tabaco e a whisky, duas coisas que vale a pena usar. No final do filme há um tiroteio que ficou célebre. E, como é evidente, há uma mulher misteriosa. O que seria dos filmes, e da vida, sem mulheres belas e misteriosas?

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