Não é meu hábito deixar aqui imagens de filmes de que não tenha gostado. Ou a que não tenha aderido. Abro uma exceção para um filme que esteve longe de me convencer, mas que tem longos excertos do melhor cinema que tenho visto nos últimos anos. Contraditório? Talvez. Explico-me: A árvore da vida, de Terrence Malick (n. 1943), cede, com frequência, à tentação do virtuosismo técnico e a tiradas pretensiosas sobre a Vida e a Morte. Mas condensa a narrativa numa excecional economia de palavras e na redescoberta da importância da montagem. Custou-me, na minha insignificante posição de espetador, que a narrativa em torno da ideia da perda e do papel do pai repressor na vida de uma família se desviasse para um discurso em torno do papel de Deus. No fim fiquei com uma certeza. O problema não está no filme, mas na minha não-crença. Ou seja, é impossível acreditar em Deus e não gostar do filme.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
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1 comentário:
Sou agnóstico. Serei suspeito. Fui ver o filme na sessão da meia-noite. Éramos 5 pessoas na sala. Nem um pipoqueiro (awesome). Eu gostei mesmo muito. Fez-me ficar em silêncio e a digeri-lo durante um bom bocado. O trailer não faz jus ao filme (quando vi o mesmo pensei tratar-se de mais uma xaropada hollywoodesca; não o é. Não achei). Valeu mesmo a pena. A Patricia tinha alguma razão. Derrotei um preconceito.
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