segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MONTADO QUENTE

O António Galvão mandou-me, por mail, esta pintura. Montado evoca, sempre, calor. E o sul, com sentimentos à flor da pele. O António é do sul. Casimiro de Brito também.


Entro no teu corpo árvore
felina
como quem visita um templo
vegetal uma ilha impregnada
pelas especiarias mais raras
do sol e do mar. Ascendo em bocas
que bebem a minha seiva em dunas
que me lavam e queimam
humildes. Armas tão frágeis
as que temos: o mel a saliva o
sémen. Caminho
na luz obscura
com as mãos vazias
de quem nasce de novo. 

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