O filme de hoje tem 20 anos e continua a passar regularmente na tv. Jim Carrey é irritante, mas aqui é-o menos, porque tem uma máscara.
O filme, dirigido por Chuck Russell (tive de ir ver ao google, porque do realizador não reza a História), não seria possível sem o génio imenso de Tex Avery (1908-1980). Este texano, que nunca ganhou oscars, emmys, golden globes e tretas do estilo, e cujos filmes são uma antologia do slapstick, tinha lugar cativo nos programas de animação de Vasco Granja. Era a minha parte preferida da tarde, no meio dos filmes polacos e checos. Destes recordo apenas o Koniec...
Exagero, delírio, humor, música, fantasia, cor, impossibilidade, provocação. Procurem sff coisas de Tex Avery na net e vejam, entretanto, esta cena:
Entre 1998 e 2004 fui pontuando as idas a França com a compra de cassettes VHS com a obra completa de Tex Avery. Era a minha fraca compensação pelas sucessivas ausências junto dos mais novos cá de casa.
O SECAM dos vídeos é incompatível com o PAL usado entre nós. Os miúdos viram a obra de Tex Avery a preto e branco, de um ponta à outra (legendada em francês, que eu ia traduzindo em tempo real). Ficaram fãs.
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