O poema Jangada, do brasileiro Juvenal Galeno (1836-1931) vai bem, na sua placidez, com esta magnífica fotografia de Alfredo Cunha. Quase ouvimos a música e sentimos a frescura da água e o rumor das pessoas em volta. A jangada de Juvenal Galeno fala do mar? E o barco não tem vela? E depois? O mar é onde um homem quiser.
Minha jangada de vela,
que vento queres levar?
tu queres vento da terra,
ou queres vento do mar?
Minha jangada de vela,
que vento queres levar?
Aqui no meio das ondas,
das verdes ondas do mar
és como que pensativa,
duvidosa a bordejar!
Saudades tens lá das praias,
queres na areia encalhar?
ou no meio do oceano
apraz-te as ondas sulca?
Minha jangada de vela,
que vento queres levar?
Páscoa, Fiscal, Amares 2014
1 comentário:
otimo
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