O
dia 12 de agosto marca, para esta Comissão de Festas, o início do fim de um
percurso. Durante quase um ano, cerca de duas dezenas de jovens trabalharam com
afinco para construir um evento que é, para todos os amarelejenses, a grande
festa da vila. No turbilhão de atividades, a Comissão de Festas envolveu
famílias, amigos, entidades públicas e privadas. Durante quase um ano, de forma
empenhada e solidária foi-se fazendo o percurso que agora culmina.
De
12 a 16 de agosto vamos ter cinco dias e cinco noites de grande animação. Não
vão faltar artistas nos cartazes – numa contagem rápida cheguei quase às duas
dezenas! – nem luz e som nos dias e nas noites da Amareleja. “E mais...”
promete-se, nas redes sociais. E nós não duvidamos que assim seja. Durante mais
de 100 horas a vila não vai parar. As noites vão colar-se aos dias, com a
aurora a ser a continuação das luzes artificiais dos espetáculos mais tardios.
A juventude amarelejense não vai ter descanso e não nos vai dar descanso.
Os
dias da festa são dias de regresso. Os 6500 habitantes de 1950 são hoje pouco
mais de 2500. A Amareleja tem hoje extensões na Amadora, na Cova da Piedade, no
Barreiro e converteu-se num sítio mítico para os que lá estão. Os que partiram
um dia, os seus filhos e netos, regressam nesta altura ao ponto de origem. Por
estes dias cumprem-se roteiros sentimentais pelas ruas da da vila, “ali viveram
os teus avós”, “naquela casa nasci eu e na rua ao lado a tua mãe”. Recordam-se
vizinhanças, amizades, namoros. Por isso também esta festa é tão forte e tão
sentida por todos.
Na
Festa da Santa Maria é tudo intenso. Tudo se vive com calor. É tanto o culminar
de um ano de trabalho como um ponto de encontro entre os amarelejenses de todas
as partes do mundo, tanto uma manifestação sagrada como a expressão do mais
belo paganismo.
De
12 a 16 de agosto também eu serei amarelejense adotivo. Por dever de ofício,
seguramente. Mas, sobretudo, por prazer.
Amareleja,
29 de junho de 2015
Santiago
Augusto Ferreira Macias
Presidente da Câmara Municipal de Moura
Texto redigido para o programa da Comissão de Festas de Amareleja / Santa Maria 2015
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