Cena verídica e passada comigo.
Foi há uns bons 25 anos, num bar em Moura. Pedi um cálice de porto. Resposta, em tom cordial e muito profissional, "tem preferência de marca?". Não tinha, mas, com tanta simpatia, arrisquei, talvez por influência televisiva, "um porto ferreira". Daí para a frente, o diálogo foi delirante:
Resposta - Porto Ferreira não temos.
Eu - Então um Sandeman.
Resposta - Também não temos.
Eu - Kopke?
Resposta - Esse também não temos.
Eu - Calém?
Resposta - Também não.
Eu - Se calhar, é melhor dizer as marcas que tem.
Resposta - Só temos Porto Borges.
Eu - Nesse caso, é um Porto Borges, se faz favor.
Fui servido, com cordialidade e simpatia. Tanto quanto sei, o senhor não era fã dos Monty Python. Mas até podia ser.
Fotografia: Casa Alvão
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