E Pedro Santana Lopes acaba de salvar o PSD. E de salvar o nosso Inverno. Oh, se acaba. Aquela ideia de extinguir a eleição directa do líder e se voltar à eleição dramatizada num congresso é um achado. Oh, se é. Desde que a ideia vingue, bem entendido. Vou voltar a ver os congressos do PSD em directo na TV. Os congressos do PSD têm tragédia e sangue. Têm coros e desfiles. Têm eternas declarações de amor, que logo se tornam traição. Oscilamos entre a Tosca e o Tide. Porque o partido é inter-classista, e tem tanto de Cascais como de Vinhais. Os congressos do PSD têm procissões elaboradas, como na Odisseia de Homero, e há neles homens semelhantes a deuses. Afinem-se os instrumentos, revejam-se as partituras, confiram-se os cenários. Preparem-se todos, que o pano está prestes a subir.
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Pedro Santana Lopes bem pode vir à boca de cena e proclamar, qual Ricardo III, Now is the winter of our discontent, made glorious summer by this sun of York.
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