nem diante do portão o forasteiro,
nem no olho a lágrima.
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Sete noites mais alto muda o vermelho para vermelho,
sete corações mais fundo bate a mão à porta,
sete rosas mais tarde rumoreja a fonte.
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Comprei há dias um livro de poesia que virá, decerto, a ser decisivo: Sete rosas mais tarde, de Paul Celan (1920-1970). Talvez não tenha muita lógica acompanhar este poema, Cristal, com o quadro de Quinten Matsijs (1466 – 1530), um dos meus preferidos de entre toda a pintura flamenga, mas a forma como o nosso olhar se pode desviar do essencial para o acessório estão presentes num e noutro.
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