sexta-feira, 9 de abril de 2010

MALCOM McLAREN (1946-2010)

Em boa verdade se diga que o título de criador do punk que agora se atribui a Malcom McLaren (1946-2010) tem muito que se lhe diga. Gosto do punk, em especial dos Sex Pistols. Têm o mérito imenso de terem dado cabo daquela chachada do rock sinfónico - os Yes, os Camel, os Emerson, Lake and Palmer, os Genesis da fase sopa-morna etc etc. - e de terem levado para a rua os sons e a barulheira. Sem eles não teríamos os Stranglers, os Clash ou o que veio depois, como os Joy Division. Uma fase interessante, mesmo se inconsequente, da música do final do século XX.
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Malcom McLaren, ontem falecido, foi, antes de mais, um perspicaz homem de negócios, alguém de grande talento na colagem e montagem de sons. Teve incursões pelos terrenos da ópera e celebrizou-se, entre outras coisas, com o Deep Vogue. Aqui fica um exemplo de uma dessas colagens, que muitos classificavam de pura charlatanice...

5 comentários:

Anónimo disse...

... ao tempo que não ouvia esta do Malcom ... trata-se de um bom ritmo para se começar o dia na CMM ... e muita gente dessa instituição deveria mexer-se freneticamente como as meninas do videoclip ... mas o problema é que faz suar e cansa ...

tss tsss

Lixo Tóxico

Anónimo disse...

Caro Santiago,

Essa história de Malcolm McLaren ser o "criador do punk" com efeito tem muito que se lhe diga. Eu diría que tanto ele como a Vivienne Westwood ou o mataram ou o descontextualizaram. De facto como diz, uma das coisas boas do movimento punk foi dar uma resposta às masturbações pseudo-sinfónicas desses grupos que refere. Mas é nessa linha que mais do que os Pistols faz mais sentido referir os mais antigos The Ramones, tal como no campo da intervenção é impossível não referir os também anteriores MC5...
The Dictators, New York Dolls, The Stooges tudo esse interessante leque faz parte do que viría a ser banalizado pela cabeça de Malcolm McLaren. Ele está para o Punk como o hype que se gerou à volta da interessante cena de Seattle dos nos 90 a acabou por matar ou vulgarizar.
Falando também de Seattle relembrando uma das maiores bandas de punk-rock (ou grunge), os Nirvana não posso concordar menos quando diz que o Punk foi inconsequente na música do final do século XX. Não o foi como a sua descendência revolucionária continua a marcar e a fazer a diferença nalguma música de intervenção. Exemplo práctico disso são bandas como os Dead Kennedys, Black Flag, Muertos de Cristo, Soziedad Alkoholika ou os portugueses Simbiose.

Um Abraço
Sid Vicious

Santiago Macias disse...

Este último comentário é bem "punk". O outro, de certa maneira, também...

Anónimo disse...

Santiago,

Seja mais atento que não são os dois do mesmo saco... pensei que estávamos só a falar de música. Se calhar enganei-me.

Sid Vicious

Santiago Macias disse...

Hum, admito que possa ter dado a ideia de misturar coisas. Não fui desatento, posso é ter sido descuidado...
Estava só a falar do punk.