Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
Não é a pior maneira de começar o sábado, com este poema e esta fotografia. O copianço é descarado: para isso me serve ler o acincotons, onde fui buscar o poema (v. aqui). A fotografia é incisiva, não menos que o poema. David LaChapelle (n. 1963) não é fotógrafo para subtilezas. Devo dizer que entendo muito bem o gosto dele pelo excesso, pelo colorido e pelo kitsch.
Site do fotógrafo: www.lachapellestudio.com
Site do fotógrafo: www.lachapellestudio.com
1 comentário:
Um dos meus poemas preferidos, da minha poetisa preferida! :)
Boa escolha para um Sábado de manhã!!!
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